ALMEIDA, D. C. M.; FALCÃO, M. P.; LOIACONO, W. V. B.; SANTOS, K.C;
FIGURA 1 FIGURA 2 FIGURA 3 |
NOME CIENTÍFICO
Senecio braziliensis
NOME POPULAR
Tasneirinha,
flor das almas, maria-mole, cravo-do-campo, erva-laceta, catião, vassoura-mole,
cardo-morto.
ANIMAIS ACOMETIDOS
Bovinos e
equinos, em geral
PARTES TÓXICAS DA PLANTA
A
planta, por todas as suas partes, produz intoxicação. Embora existisse nela uma
essência, que poderia por si só ser a causa da intoxicação (CARVALHO, 1946).
MECANISMO DE AÇÃO DA PLANTA
As
plantas do gênero Senecio possuem
alcalóides pirrolizidínicos que são hepatotóxicos e produzem uma lesão crônica
de forma irreversível, caracterizada por inibição da mitose. Os hepatócitos não
se dividem mas continuam sintetizando DNA no núcleo e aumentando seu tamanho
(megalócitos). O metabolismo desses hepatócitos lesionados se torna subnormal
(RIET-CORREA, 1993).
Posteriormente,
essas células vão morrendo, e, em consequência, ocorre a fibroplasia e
hiperplasia das células dos ductos e canalículos biliares. Como um evento
terminal, os hepatócitos não sintetizam adequadamente a uréia, e a morte do
animal é, frequentemente, devida à intoxicação por amônia no sistema nervoso
central (RIET-CORREA, 1993).
A
toxicidade do Senecio varia de acordo
com o conteúdo e o tipo de alcalóides presentes nas plantas, dependendo do
local, época e estágio de crescimento. Por outro lado, também verificam-se
variações de suscetibilidade individual entre animais da mesma espécie
(RIET-CORREA, 1993).
SINAIS CLÍNICOS
Os
sinais clínicos descritos em bovinos são variáveis, e podem ser agrupados em
dois principais grupos:
A)
Quadro clinico específico da intoxicação
por alcaloides pirrolozidínicos: caracterizado por sintomatologia nervosa,
agressividade, incoordenação, tenesmo com prolapso retal, diarréía e um curso
clinico de 24 a 72 horas, sendo que alguns animais recuperam-se, voltando a
apresentar esses sinais posteriormente (RIET-CORREA, 1993).
B)
Quadro clínico caracterizado por
emagrecimento progressivo, com diarreia ou não (RIET-CORREA, 1993), ascite,
fotossensibilização, icterícia, cirrose hepática, edemas de membros e barbelas.
Nos
equinos os sinais clínicos caracterizam-se por apatia, perda de peso, anorexia,
icterícia, diarreia, sonolência, bocejos, incoordenação, dismetria, tremores
musculares, andar em círculos ou a esmo, batendo em objetos, pressionar a
cabeça contra a parede, contrações musculares e gemidos de dor. O curso clínico
pode variar de 1 a 6 dias (RIET-CORREA, 1993).
REFERÊNCIAS
CARVALHO,
G. S. T.; MAUGÉ, G. C. Ação tóxica Do “Senecio brasiliensis”, lessing.
Departamento de Farmacologia. Vol. 3, fase 3, dez., 1946. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rfmvusp/article/viewFile/62179/65007 - acesso em: 12 mar. 2015.
RIET-CORREA,
F.; MÉNDEZ, M. D. C.; SCHILD, A., L. Intoxicações
por plantas e micotoxicoses em animais domésticos. Pelotas: Editorial
Hemisfério Sul do Brasil, 1993, p. 43-56.
LORENZI,
H. Plantas Daninhas do Brasil:
terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 6º Edição. São Paulo: Instituto
Plantarum de Estudos da Flora Ltda. 2000, p. 180-419.
FIGURAS
Figura 1
MARTIUS, C.; EICHLER, A.G.; URBAN, I.; Flora Brasiliensis, vol. 6(3): fasicle 93, p. 323, t. 89, fig. I (1884). Disponivel em: <http://www.plantillustrations.org/epithet.php?epithet=pinnatus,-a,-um&lay_out=1&hd=0>- acesso em: 10 mar. 2015.
Figura 2
PAULA R. GIARETTAI, P. R.; PANZIERAI, W.; GALIZAI, G. J. A.; BRUMI, J. S.; BIANCHIII, R. M.; HAMMERSCHMITTII, M. E.; BAZZIII, T.; BARROS, C. S. L. Seneciosis in cattle associated with photosensitization. Pesq. Vet. Bras., vol.34, nº5, maio, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100736X2014000500007>-acesso em: 10 mar. 2015.
Figura 3
Patologia Veterinária na Web. Disponível em: <http://vetpatologia.blogspot.com.br/2012/10/cirrose-hepatica-doenca-hepatica-cronica_6.html> - acesso em: 11 mar. 2015.
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