quarta-feira, 11 de março de 2015

Senecio braziliensis

ALMEIDA, D. C. M.; FALCÃO, M. P.; LOIACONO, W. V. B.; SANTOS, K.C;

FIGURA 1                                                       FIGURA 2                                                     FIGURA 3

NOME CIENTÍFICO

Senecio braziliensis


NOME POPULAR 

Tasneirinha, flor das almas, maria-mole, cravo-do-campo, erva-laceta, catião, vassoura-mole, cardo-morto.


ANIMAIS ACOMETIDOS


Bovinos e equinos, em geral


PARTES TÓXICAS DA PLANTA


A planta, por todas as suas partes, produz intoxicação. Embora existisse nela uma essência, que poderia por si só ser a causa da intoxicação (CARVALHO, 1946).


MECANISMO DE AÇÃO DA PLANTA


As plantas do gênero Senecio possuem alcalóides pirrolizidínicos que são hepatotóxicos e produzem uma lesão crônica de forma irreversível, caracterizada por inibição da mitose. Os hepatócitos não se dividem mas continuam sintetizando DNA no núcleo e aumentando seu tamanho (megalócitos). O metabolismo desses hepatócitos lesionados se torna subnormal (RIET-CORREA, 1993).
Posteriormente, essas células vão morrendo, e, em consequência, ocorre a fibroplasia e hiperplasia das células dos ductos e canalículos biliares. Como um evento terminal, os hepatócitos não sintetizam adequadamente a uréia, e a morte do animal é, frequentemente, devida à intoxicação por amônia no sistema nervoso central (RIET-CORREA, 1993).
A toxicidade do Senecio varia de acordo com o conteúdo e o tipo de alcalóides presentes nas plantas, dependendo do local, época e estágio de crescimento. Por outro lado, também verificam-se variações de suscetibilidade individual entre animais da mesma espécie (RIET-CORREA, 1993).


SINAIS CLÍNICOS


Os sinais clínicos descritos em bovinos são variáveis, e podem ser agrupados em dois principais grupos:
A)             Quadro clinico específico da intoxicação por alcaloides pirrolozidínicos: caracterizado por sintomatologia nervosa, agressividade, incoordenação, tenesmo com prolapso retal, diarréía e um curso clinico de 24 a 72 horas, sendo que alguns animais recuperam-se, voltando a apresentar esses sinais posteriormente (RIET-CORREA, 1993).
B)              Quadro clínico caracterizado por emagrecimento progressivo, com diarreia ou não (RIET-CORREA, 1993), ascite, fotossensibilização, icterícia, cirrose hepática, edemas de membros e barbelas.
Nos equinos os sinais clínicos caracterizam-se por apatia, perda de peso, anorexia, icterícia, diarreia, sonolência, bocejos, incoordenação, dismetria, tremores musculares, andar em círculos ou a esmo, batendo em objetos, pressionar a cabeça contra a parede, contrações musculares e gemidos de dor. O curso clínico pode variar de 1 a 6 dias (RIET-CORREA, 1993).


 REFERÊNCIAS



CARVALHO, G. S. T.; MAUGÉ, G. C. Ação tóxica Do “Senecio brasiliensis”, lessing. Departamento de Farmacologia. Vol. 3, fase 3, dez., 1946. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/rfmvusp/article/viewFile/62179/65007 - acesso em: 12 mar. 2015.


RIET-CORREA, F.; MÉNDEZ, M. D. C.; SCHILD, A., L. Intoxicações por plantas e micotoxicoses em animais domésticos. Pelotas: Editorial Hemisfério Sul do Brasil, 1993, p. 43-56.


LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. 6º Edição. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda. 2000, p. 180-419.


 FIGURAS



Figura 1

MARTIUS, C.; EICHLER, A.G.; URBAN, I.; Flora Brasiliensis, vol. 6(3): fasicle 93, p. 323, t. 89, fig. I (1884). Disponivel em: <http://www.plantillustrations.org/epithet.php?epithet=pinnatus,-a,-um&lay_out=1&hd=0>- acesso em: 10 mar. 2015.


Figura 2

PAULA R. GIARETTAI, P. R.; PANZIERAI, W.; GALIZAI, G. J. A.; BRUMI, J. S.; BIANCHIII, R. M.; HAMMERSCHMITTII, M. E.; BAZZIII, T.; BARROS, C. S. L. Seneciosis in cattle associated with photosensitization. Pesq. Vet. Bras., vol.34, nº5, maio, 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100736X2014000500007>-acesso em: 10 mar. 2015.


Figura 3

Patologia Veterinária na Web. Disponível em: <http://vetpatologia.blogspot.com.br/2012/10/cirrose-hepatica-doenca-hepatica-cronica_6.html> - acesso em: 11 mar. 2015.


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